Nos últimos meses vários casos de violência tem ocorrido na Baixada Fluminense no último dia 26/04/2015 - Domingo, uma
tentativa de assalto na Casa do Alemão deixou mortos e muita gente em pânico.
Mas essa tem sido uma de muitas outras notícias que saem de maneira muito discreta nos
jornais.
Ao
ler os jornais no últimos 6 meses percebemos algumas notícias sobre violência
na Baixada Fluminense, fazendo-se uma busca nos Jornais ODIA, Extra e JB -
sessão RIO percebesse que mostram algumas notícias sobre a violência na
Baixada, mas não com a mesma ênfase e cobertura quando acontecem atos violentos
na Cidade do Rio de Janeiro. Recentemente o Império Global publicou de
maneira enfática que os homicídios diminuíram no Rio de Janeiro. Contudo o que
não foi dito nessas reportagens é que existe o Rio dos turistas, da Copa do
Mundo e das Olimpíadas e o Rio dos moradores, o Rio que não é apenas a Cidade
do Rio de Janeiro, mas um Estado que não possui uma política de segurança.
Alguns
tem elogiado a atual política de
segurança pública e tem dito que tem dado certo e que tem feito efeito nas
comunidade ocupadas pelas UPPs na CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Mas e a Baixada
Fluminense, onde está a política de segurança pública para os moradores da Baixada?
Todo dia morre alguém em algum lugar da Baixada Fluminense, mas nos jornais só
se fala da Cidade do Rio de Janeiro. As desigualdades sociais as quais o Estado
vive levam a cada vez mais o aumento da violência. Casos de assalto no Centro
de Caxias, residências sendo invadias em São João de Meriti, a milícia
dominando bairros de Nova Iguaçu, moradores sendo impedidos de entrar em ruas
por casa de barreiras colocadas por traficantes em Imbarie. Sem falar dos casos
de falta de hospitais, escolas adequadas, saneamento básico e todos os descasos
que aumentam as desigualdades e levam muitos a optar pela vida bandida para ter
o mínimo para sobreviver. A falta de união entre os governos municipais e o
Estadual por causa de disputas políticas e ganho de poder fazem com que a
população sofra ainda mais. Percebemos que os políticos não trabalham para o
povo, mas sempre em causa própria. Um dos exemplos do descaso do poder público
com a população é um “bairro” em Praia de Mauá – Magé, denominado de “Gerere”
que não possui saneamento básico, ruas asfaltadas ou iluminação pública
adequada. Um outro exemplo é o Bairro Parque Regina em São João de Meriti que
está literalmente dominado pelo tráfico, o bairro passou por tiroteios diários
nos últimos meses e não se vê uma ação para se acabar com isso e nem uma
notícia que motive as autoridades a agirem, os marginais ainda agem colocando
barricadas, toque de recolher e impedindo o direito constitucional dos
moradores de ir e vir.
Todo o
morador da Baixada sabe o que é um tiroteio, isso porque constantemente somos
obrigados a nos arrastar para debaixo das camas por causa das granadas e tiros
de fuzil que assolam a vida dos moradores dia e noite. E apesar disso acontecer
constantemente o “desgoverno” estadual parece se mostrar cego em não propor e
nem realizar uma política pública de segurança voltada para as peculiaridades
regionais da Baixada Fluminense. Recentemente ouvimos o “desGovernador” falar
sobre o aumento de policiais para os Batalhões da Baixada Fluminense, que bom,
mas Segurança Pública não se faz apenas com polícia. Precisamos de políticos
que olhem para a Baixada, não achando que aqui só moram pessoas ignorantes e
alienadas que desconhecem os seus direitos e a sua própria realidade. A taxa de
homicídios diminui anunciam, não é isso que vemos na Baixada. Já tentou fazer
uma denuncia de violência em alguma delegacia da Baixada Fluminense. O
tratamento é desumano, o descaso dos policias e a indiferença com a dor é
perceptível. Duvido que isso aconteça na Zona Sul do Rio de Janeiro. Porque as
Delegacias de atendimento da Baixada tem uma qualidade de atendimento inferior
aos da Cidade do Rio de Janeiro? Sabe porque? Porque para o Governo Estadual, a
Baixada não faz parte do Estado é apenas o quintal onde são descarregados os
bandidos previamente avisados das ocupações nas comunidades que tem UPP.
Queremos mais policiais, queremos saneamento básico, queremos que as
prefeituras deixem de fazer jogo político e se aliem ao Estado pelo bem comum,
queremos uma infraestrutura que possibilite o morador da Baixada a ter todos os
seus direitos garantidos.
Não
queremos ser notícias aleatórias em jornais manipulados, queremos ter a atenção
devida e necessária e que o Governo Estadual apresente com a mesma intensidade
e valor ações de investimento em qualidade de vida para o morador da Baixada.
Não queremos UPP, queremos uma política de segurança pública voltada
para a realidade da Baixada Fluminense.
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